WILLIE JAMES LYONS

( 5 de dezembro de 1938, Alabama - 26 de dezembro de 1980 em Illinóis,Chicago)

Foi um grande guitarrista, atuante pela parte oeste de Chicago desde a década de cinquenta.


Lyons parecia não se preocupar em ser estrela, se assim o fosse, provavelmente se tornaria famoso como outros grandes ícones do Blues.

É verdade que muitas gravadoras o recusaram ; e isso pode ter contribuído para que se contentasse apenas em ser um músico de suporte,embora não ficando em nada para trás ,no que tange a capacidade como músico quando comparado com outros que obtiveram mais êxito em termos de reconhecimento.

Sua primeira oportunidade se deu através de entusiastas do blues franceses.
Em especial,Marcelle Morgantini , amiga do guitarrista Jimmy Dawkins.
Ghetto, título de seu primeiro disco, dividido com o baixista WILLIE KENT, foi gravado ao vivo (At "Ma Beas") e embora se tratando de uma verdadeira" pérola " como um disco ímpar do gênero, não foi bem sucedido comercialmente.

Alguns anos depois ,excursionando pela Europa,gravou outro ótimo disco pela gravadora Isabel records, (Chicago Woman) intitulado também como Chicago Blues Festival , realizado na França(Série que lançou também outros álbuns com outros artistas como Buddy Guy e Lefty Dizz).

Ele faleceu pouco tempo depois, em 1980.
Suas principais influências foram: T BONE WALKER, FREDDIE KING,B.B KING E LOWELL FULSON.
Em termos de potencial artístico ,Lyons estava no mesmo patamar destes contudo sem jamais alcançar grande notoriedade.

ANDREW BROWN

O Grande Guitarrista ANDREW BROWN ou BIG BROWN
Possui um disco duplo que exibe sua trajetória, e três faixas na série LIVING CHICAGO BLUES VOL.4(Alligator Records) quando começava a alcançar notoriedade no começo dos anos oitenta , muito em função pela exposição no citado álbum faleceu vítima de câncer.
Um grande expoente do Blues de Chicago na década de Setenta e começo dos anos oitenta.

ROBERT NIGHTHAWK

Um dos maiores Heróis do Blues esquecido! Foi ROBERT NIGHTHAWK que ensinou todos os truques e afinações do Slide, a uma das lendas da guitarra: EARL HOOKER.
Um artista que gostava sobretudo de interagir com o público.
Era procurado pelas gravadoras em virtude do seu ímpar talento.
Depois de gravar lá estava ele de novo nos arredores da Antiga MAXWELL STREEET,a famosa rua do Blues.
Embora Haja grandes referências do Slide Guitar como Elmore James, Robert Johnson,J.B.Hutto ,Hound Dog Taylor entre outros, a verdade é uma só: NINGUÉM TOCOU SLIDE GUITAR como ROBERT NIGHTHAWK!

CLÁSSICOS DO BLUES HARD TIME KILLING FLOOR (SKIP JAMES)

Apesar de Devil Got my Woman ser muito mais conhecida, Hard Time Killing Floor é a grande canção de SKIP JAMES.
Segundo muitos, a música se trata de um dos maiores temas de Blues já compostos.


É uma composição que trata da Grande Depressão, o que fica claro no verso “as pessoas estão vagando de porta em porta, e não encontram o paraíso em lugar algum”.

Aos poucos, descobrimos que o cantor está trabalhando em um “killing floor”, gíria da época para os abatedouros (trabalhar num local desses era visto quase como um subemprego, então não é de se espantar que a maior parte dos funcionários fossem negros).

Junte isso ao tom melancólico da canção e à voz sobrenatural de James, e o resultado é uma canção impressionante — amarga, dolorida, mas ainda assim com um pouco de esperança.

“Se eu conseguir me erguer
Para fora desse abatedouro
Eu nunca mais vou descer
Tão baixo novamente.”

A Canção foi gravada também por outro grande ícone do Blues de Bentonia, JACK OWENS.

CLÁSSICOS DO BLUES CROW JANE (SKIP JAMES

A Temática VIOLÊNCIA é bastante recorrente nas canções de JAMES.
A música narra um episódio em que o cantor atira em sua amante.
CROW JANE parece se referir ao nome da mulher que dá título à canção.


O aparente motivo pelo qual a mulher é baleada parece relacionar-se ao fato de que “ela andava com a cabeça erguida”.
Além do fator "Violência" Fator constante em suas canções.
O Tema também traz à tona a complexidade de suas letras, que eram de certo modo um reflexo de sua personalidade contraditória.

O Homem que em certos momentos respirava uma austeridade religiosa se contrastava nitidamente com uma figura extremamente violenta , como salientam os versos abaixo:

“Quero cavar sua cova com uma espada de prata”!
Curiosamente, esse furor é repelido em seguida pela tristeza resultante do ato, imediatamente sentida após o funeral.

Não apenas as canções de SKIP JAMES mas também outros temas cantados por bluesman(s) famosos ou não também aludem à violência ou locais violentos como descrevem as canções TIN PAN ALLEY, BAD AVENUE BLUES (Curtis Jones) e 45 PISTOL(Walter Roland).