Após uma semana de trabalho exaustivo nas plantações de algodão, os trabalhadores negros se reuniam para comer peixe frito, beber uísque, cantar e dançar ao som de canções sobre amores perdidos, aventuras sexuais, traições amorosas, viagens sem destino e os infortúnios do trabalho.
Com esses temas, o blues logo foi considerado música do Diabo pelos pastores locais e restava aos pais e esposas dos bluesmen orar por suas almas. Mas, se o diabo era o pai do blues, a situação de pobreza enfrentada pela população negra era a mãe.
Após a Guerra de Secessão (1861-1865) que resultou na abolição da escravatura, a economia do sul dos Estados Unidos devastada por anos de batalhas e com suas plantações baseadas no trabalho escravo enfrentou uma situação caótica.
Assim, as condições de vida dos ex-escravos e seus descendentes eram precárias. Restava a eles o trabalho duro e extenuante, em condições climáticas implacáveis, e mal remunerado das plantações.
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